Existe uma antiga crença judaica que diz respeito aos Lamed Vav Tzadikim (ou as 36 pessoas de bem). Eles também são conhecidos como Lamed Vavniks ou, em outra grafia, Lamed Wufniks.
Ela diz que existem - e sempre existiram - trinta e seis homens no mundo cuja missão é justificar a existência humana perante a Deus. Eles são os Lamed Wufniks.
Eles não se conhecem e são pessoas comuns que se sacrificam em detrimento dos outros.
Sem saber, os Lamed Wufniks são os pilares secretos do universo. Se não fosse por eles, Deus aniquilaria toda a humanidade.
Sem tomar conhecimento, eles evitam que o mal aconteça às pessoas à sua volta. Sem nunca se destacar na multidão, sem nunca perder sua anonimidade.
Sem perceber, eles são nossos salvadores.
Eles são a prova que oferecemos a Deus de que podemos ser bons e puros e, portanto, merecemos seu amor e sua misericórdia. Eles são os bodes expiatórios da humanidade.
Na eventualidade de um Lamed Wufnik perceber sua importância, sua morte é certa: nenhum homem pode suportar nem 1/36 do peso do mundo.
Quando um deles sobe aos céus seu estado é de congelamento total e Deus precisa o esquentar por mil anos antes que sua alma possa se abrir ao Paraíso. E é dito que alguns continuam tão inconsoláveis em relação à humanidade que nem Deus consegue esquentá-los. Então, de tempos em tempos, o Criador adianta o relógio do Último Julgamento em um minuto.
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No século VII, judeus da Andalusia (uma região na Espanha) veneraram uma rocha com forma de lágrima. Eles acreditavam que a rocha era a alma de um Lamed Wufnik desconhecido petrificada pelo sofrimento.
02 fevereiro 2006
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